Há trinta anos, entre abril e maio de 1995, seis Irmãs dos Pobres do Instituto Palazzolo entregavam suas vidas em Kikwit, na República Democrática do Congo. Elas não fugiram da epidemia de Ebola; permaneceram firmes, por amor, ao lado dos doentes e abandonados, transformando o medo em serviço e a morte em um testemunho eterno. Hoje, ao celebrar três décadas de seu martírio, sua memória não apenas vive, mas atravessa o mundo em um tributo de música, arte e profundo significado.
Para honrar seu legado, foi criado um projeto que reflete a universalidade de sua missão. O coração deste tributo é uma canção original, inspirada na vida missionária de entrega e coragem que elas viveram. Mas esta melodia não se limitou a uma única voz. Como um eco do carisma que se espalhou pelos continentes, a música foi traduzida para seis idiomas: português, italiano, inglês, espanhol, francês e lingala.
Cada idioma é uma ponte, um elo que une a memória de Kikwit aos corações que hoje, no Brasil, no Peru, na Itália ou na própria África, continuam a viver o mesmo ideal. As vozes que cantam em diferentes línguas simbolizam que o sacrifício daquelas seis irmãs se tornou uma semente que floresce em todo o mundo, através da família global das Irmãs dos Pobres e de todos que se inspiram em seu exemplo.
Essa jornada musical e espiritual foi capturada em um vídeo comovente, que une as diferentes versões da canção a um emblema criado especialmente para a ocasião.

O logotipo não é apenas uma imagem; é uma catequese visual, onde cada traço conta uma parte desta história de fé:
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- O Círculo representa o mundo inteiro, o campo de missão sem fronteiras que as Irmãs abraçaram.
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- O Mapa da África ao centro ancora a história na terra sagrada onde elas deram o testemunho final.
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- A cor Vermelha pulsa como o sangue dos mártires, símbolo do amor levado às últimas consequências.
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- As Pegadas Descalças marcam o caminho da missão: um caminho de humildade, pobreza e seguimento fiel a Cristo.
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- A Vela acesa é a Luz de Cristo, a fé que nunca se apaga, mesmo na noite mais escura do sofrimento.
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- As Seis Estrelas que brilham no céu do emblema são as próprias Irmãs Veneráveis: Floralba, Clarangela, Dinarosa, Annelvira, Danielangela e Vitarosa, agora luzes que nos guiam do céu.
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- E, cruzando o mapa, um Rio representa a missão que continua, um fluxo de caridade e esperança que nunca para, irrigando o mundo com o mesmo amor que as moveu.
Ao assistir ao vídeo, somos convidados a uma peregrinação. Viajamos através dos sons e dos símbolos, compreendendo que o gesto de 1995 não foi um fim, mas a fonte de um rio de caridade que continua a correr, um rio que nasce no coração de seu fundador, São Luís Palazzolo.
Assim, trinta anos depois, o testemunho das Irmãs do Ebola nos ensina a lição mais profunda de seu carisma: uma vida doada por amor nunca se perde. Ela se multiplica em canções, em gestos de serviço e na coragem de todos que, como filhas fiéis de seu Pai fundador, hoje seguem suas pegadas.