Luis é o ultimo de nove irmãos e quando veio ao mundo foi uma alegria para todos.
Os seus pais sabem que é a vida é um maravilhoso dom de Deus.
Por isso o pai Otávio e a mãe Teresa acolhem com júbilo a nova criatura
Luis crece numa casa bonira e aconchegante onde não se conhece o sofrimentos da fome e os incômodos da pobresa.
Os seus pais estão muito bem, são ricos: tem propriedades em Bérgamo, Saõ Pelegrino e possuem uma livraria na cidade.
Luis é um menino de sorte; já o seus contemporâneos não são assim, pois vivem em condições bem diferentes.
Alguém tentou descrever o que era a vida do povo no século passado:
“O inverno é o inferno dos pobres. É uma tortura de longos meses. 0 campo não produz nada, os salários são baixissimos, ganha-se uma miséria, a tempe-ratura é fria; os pobres não possuem boas roupas quentes, só roupas remêndadas; nem lençóis e cobertores sufi-cientes, mas poucos trapos para estender sobre sacos de palha e folhas que servem como colchões. Não têm casas acolhedoras, bem arrumadas, mas casebres indecentes abertos ao frio e sopro do vento.
O trabalho nos campos e nas fábricas é duro. Também as crianças começam cedo a trabalhar. Aos 7 anos muitos já trabalham até 12 horas por dia. Mas aquilo que os pequenos e os grandes ganham juntos, não chega para matar a fome.
Com a alimentação escassa e com as condições de higiene precárias aumentam as doenças, as epidemias e a desnutrição…”.
O sofrimento e a miséria dos outros não fecham o seu coração de menino ao egoísmo e ao desinteresse, mas são um convite a manter os olhos sempre bem abertos às necessidades de todos e estar pronto a fazer o bem.
• Na escola divide com os colegas a merenda que sua mãe lhe dá e também aquilo que consegue tirar da mesa de casa.
• Uma vez por semana vai ao hospital ou às casas onde há doentes e lhes oferece, com o carinho e a simplicidade do seu olhar, o que há de melhor no seu alimento ou os presentes que a mãe e os parentes lhe deram.
• «Meu filho é um doido – diz a mãe – deu o casaco a um pobre. Há pouco tempo deu de presente a camisa e os sapatos».
E sorrindo conclui: «Este meu filho quer morrer paupérrimo».
Ninguém ficou surpreso ou admirado quando já adulto veio a exprimir claramente a sua opção:
«Eu procuro e recolho aqueles que os outros desprezam. Onde alguém já está se dedicando, o faz muito melhor do que eu poderia fazer; mas onde outros não se dedicam ainda, eu procuro fazer alguma coisa … ».
Esta sensibilidade construída não nos sonhos e na fantasia, mas no sacrifício e na luta contra o egoísmo, o levará a viver a verdadeira caridade para com o próximo.
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