Todos somos chamados à santidade, a viver na felicidade da comunhão com Deus. Cada um, seguindo o caminho da sua vocação realiza o sonho que acompanha sua vida.
Madre Teresa Gabrieli foi a primeira Irmã dos Pobres, muitas irmãs que levaram a sério o chamado de Deus e o carisma de São Luís Palazzolo, não só viveram a santidade da vida quotidiana, mas se destacaram no testemunho de uma vida santa. A Igreja, através do processo canônico, está analisando testemunhos, escritos, acontecimentos da vida destas irmãs e reconheceu nelas a heroicidade das virtudes declarando-as VENERÁVEIS. Significa que os fiéis podem venerar e pedir graças e milagres pela sua intercessão perto de Deus.
“Os homens e mulheres que vivem o entusiasmo e a paixão por Deus e pelos irmãos, formam uma fila interminável, mas no cenário do mundo, a vida deles passa despercebida, corrente como um rio subterrâneo. Aparece na superfície somente em eventuais épocas. Só então é possível admirar a sua propulsão e força benéfica. Isto acontece a tantas pessoas simples e boas, pessoas normais, sem heroísmo visível. Aconteceu também com as Irmãs dos Pobres mortas de Ebola no Congo, na primavera de 1995. A morte delas, em circunstância dramática, revelou a força extraordinária que o Evangelho revela em cada situação de vida.
Irmã Floralba, irmã Clarangela, irmã Danielangela, irmã Dinarosa, irmã Anelvira, irmã Vitarosa foram mulheres capazes de viver o Evangelho. Deixaram que Cristo possuísse plenamente a própria vida, até impulsioná-las para longe, para além dos limites geográficos, da cultura, da língua, da raça, somente guiadas pela procura dos mais pobres. Na terra vermelha da África levaram o gosto de Deus e a luz da esperança, irradiando a alegria que brotava do próprio coração repleto de Deus. Viveram na normalidade do cotidiano, servindo nos hospitais, ambulatórios, leprosários, maternidades, orfanatos, sanatórios, doando-se, desenvolvendo as capacidades como enfermeiras e imprimindo uma carga de humanidade que ultrapassava o simples trabalho. Era como se estas irmãs andassem a procura dos doentes, dos desnutridos, dos abandonados, dos não alcançados por ninguém, para serem antes de tudo próximas e transmitindo o carinho e o doce título de “mãe” ou de “avó”, porque as pessoas curadas se sentiam antes de tudo amadas. Algumas entre elas atingiram um alto grau de competência profissional, tanto que os médicos, em certas situações, se aconselhavam com elas para proceder. Mas a competência maior, aquela que deixou marcas nos vários lugares onde passaram e que permanece na memória coletiva, foi a capacidade delas transformarem os lugares de dor em lugares de sincero apoio e assim de esperança. As seis religiosas tinham no coração a vida dos pobres, talvez mais que a própria vida. Esse é o “contágio” verdadeiro que elas difundiram, claro, mais forte do que aquele da doença.”
Francesco Beschi, Bispo de Bergamo (Itália)
No Zaire, atual República Democrática do Congo, entre 25 de abril e 28 de maio de 1995,durante a epidemia causada pelo letal vírus Ebola, em pouco mais de um mês morreram seis irmãs dos pobres, todas enfermeiras, prestando-se incondicionalmente a cuidar de doentes emhospital e cuidando uns dos outros. ELAS foram missionárias lá por vários anos.
NO HOSPITAL DE KIKWIT, JÁ TINHA CASOS DE pacientes QUE ALI CHEGARAM E em pouco tempo pioraram e morreram. Por volta de 20 de abril, chegaram repentinamente a Bergamo as notícias de que a irmã Floralba, atingida por uma doença estranha, estava grave e que outrasenfermeiras e médicos estavam na mesma situação. ELA MORREU em 25 de abril.
A Irmã Clarangela, experimentando uma estranha sensação de cansaço, continuou o seu serviço generoso aos muitos doentes que sofriam daquele estranho mal-estar.
O Prof. Muyembe, especialista virologista zairense vindo de Kinshasa, manifestou imediatamente a sua suspeita de que se tratava do Ebola, posteriormente confirmado pelo Centro de Atlanta (EUA) nos primeiros dez dias de maio, quando o vírus já havia atingido a Irmã Clarangela, a segunda vítima entre as Irmãs. ELA MORREU em 6 de maio.
O mesmo destino teve a irmã Danielangela, infectada durante a vigília realizada pela irm Floralba, na noite anterior à sua morte. Depois de alguns dias de sofrimento, ela também morreu no dia 11 de maio, apesar dos cuidados médicos.
Em Kikwit, à medida que o contágio CONTINUAVA a se espalhar entre os doentes e os profissionais de saúde, o medo e o pânico AUMENTAVAM.
Enquanto isso, a Irmã Dinarosa, que permaneceu no hospital para tratar os enfermos, continuando sua missão a serviço dos pobres como queria o São Luis Palazzolo, foi infectada. ELA morreu em 14 de maio.
ESPERAVA-SE que FOSSE o fim! Mas não FOI!
O Ebola já ESTAVA em ação nas duas últimas vítimas entre AS IRMÃS DOS POBRES: Irmã Annelvira, a Superiora Provincial que correu de Kinshasa para Kikwit, ao lado da cama de Irmã Floralba e permaneceu constantemente ao lado das irmãs infectadas. ELA MORREU em 23 de maio.
Irmã Vitarosa, que veio de Kinshasa devido à gravidade da situação, também se ofereceu generosamente para cuidar das irmãs doentes. As tentativas de numerosos profissionais de saúde que TENTARAM contê-la são inúteis! Ela se sente chamada ali pelo Senhor, que a espera para uma extrema oferta de amor! ELA MORREU em 28 de maio.
Seis vidas doadas, seis mulheres, que generosamente, sem reservas, ofereceram a vida aos irmãos, segundo o testamento de Jesus, pelo qual "ninguém tem maior amor do que este: dar a vida por aqueles que amam”!
de “O Poder do Amor” – Dom Arturo Bellini
Oraçao pela Intercessão de Madre Teresa Gabrieli Fundadora das Irmãs dos Pobres
Madre Teresa Gabrieli
em uma época de tensões e lutas, você reconheceu o essencial no amor a Deus e pelos irmãos e expressou isso com uma atenção especial aos mais esquecidos e abandonados.
Por isso te pedimos que conceda também a nós a coragem de uma fé adulta e operosa, que se torne paixão pela vida e pelo nosso compromisso com o futuro.
Ajude-nos a reconhecer o amor imenso do Pai e a servir con coração grande os irmãos mais pobre e não alcançados pelo outros.
Intercei por nós junto ao Senhor, para que alcancemos a graça que confiantes te pedimos…
Pai Nosso… Ave Maria … Glória ao Pai…
Oração
Pela intercessão das Servas de Deus:
Irmã Floralba, Irmã Clarangela,
Irmã Danielangela, Irmã Dinarosa,
Irmã Annelvira e Irmã Vitarosa
Senhor, nosso Pai, nós te agradecemos por nos ter enviado teu Filho Jesus Cristo para nos salvar.
Com reconhecimento, recordamos as suas obras e os seus gestos de bondade, de compaixão e de amor por todos aqueles que sofriam devido as doenças:
físicas, morais e espirituais.
Também hoje, repletos de esperança, para tua maior glória, e do teu Filho, nosso Senhor, para nossa consolação, te pedimos humildemente de nos conceder a graça que desejamos…
Escuta-nos, por intercessão destas tuas Servas que com tanta generosidade se doaram a serviço dos doentes.
Obrigado, Pail
Pai Nosso… Ave Maria … Glória ao Pai…
No caso das Causas dos Santos, “decreto” significa que a Igreja, com a sua autoridade responsável, reconhece que a declaração é absolutamente verdadeira, foi estudada e documentada.
Quer saber mais, abaixo tem o Botão de Download dos decretos das Irmãs veneráveis.
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